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Compartimentação vertical e horizontal e o AVCB no combate a incêndios

O assunto de hoje é compartimentação horizontal e vertical nas edificações, um tema muito importante que pode fazer toda a diferença na hora de projetar sistemas de combate a incêndios e reduzir o poder de propagação de um foco de incêndio, e faz parte da nossa série sobre o AVCB.

É de acordo com várias NBR’s destinadas a tratar sobre compartimentação (NBR 6479:1992 Portas e vedadores – Determinação de resistência ao fogo, 11742:2018 Porta corta-fogo para saída de emergência e a 17240:2010 Sistemas de detecção e alarme de incêndio) que o corpo de bombeiros terá condições de divulgar as notas técnicas que são o conjunto de procedimentos básicos para o atendimento às exigências no combate a incêndio das edificações. 

Compartimentação horizontal destina-se a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal e a compartimentação vertical, por sua vez, destina-se a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos. 

Para compartimentação horizontal estão previstos procedimentos em paredes de compartimentação, portas corta-fogo, registros corta-fogo (dampers), afastamento horizontal entre aberturas, selos e vedadores corta-fogo. 

Quando falamos de compartimentação vertical, os elementos são, entrepisos corta-fogo, enclausuramento de elevadores e monta-carga, selos corta-fogo, selagem perimetral corta-fogo e cortina corta-fogo.  

Se as compartimentações horizontal e vertical, quando necessárias, forem construídas para oferecer mais segurança no combate aos incêndios, os edifícios e edificações sofrerão alterações em sua arquitetura, mudando por exemplo as fachadas, assim como em ambientes internos poderá haver mudança no sistema de iluminação. Quando implementadas em fase de projeto, já serão previstos elementos que retardam e evitam a passagem das chamas entre ambientes, com o uso de materiais específicos, prevendo inclusive o aumento do tempo requerido de resistência ao fogo, o TRRF.  

Este é um exemplo de procedimento a ser adotado baseado nas normas que citamos anteriormente, a Instrução Técnica 09 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo cita em seu item: 

5.1.2.1 A parede de compartimentação deverá ser construída entre o piso e o teto devidamente vinculada à estrutura do edifício, com reforços estruturais adequados;  

5.1.2.2 No caso de edificações que possuam cobertura combustíveis (telhado), a parede de compartimentação deverá estender-se, no mínimo, a 1 m acima da linha de cobertura (telhado); 

Como podemos ver, a compartimentação de ambientes em uma edificação é muito importante para reduzir o poder de propagação de um foco de incêndio localizado para todo o prédio e aumentar as chances da brigada de incêndio e/ou corpo de bombeiros combater as chamas de forma a garantir o máximo de segurança possível e reduzir os danos na edificação. Para isso é recomendado que desde a etapa de projetos seja considerado se há ou não a necessidade da compartimentação de ambientes de acordo com a classificação da edificação, desta forma é possível uma redução de custos quanto a uma reforma/adequação e um resultado mais eficiente. 

Leia esse e outros artigos sobre segurança contra incêndios em nosso blog.

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